RESUMO & BREVE QUESTIONÁRIO

James Petigru Boyce
 
 
RESUMO DOS PRINCÍPIOS

I. AS ESCRITURAS
As Escrituras do Antigo e do Novo Testamento foram dadas por inspiração de Deus e são a única regra suficiente, certa e autoritativa de todo o conhecimento salvador, fé e obediência.

II. DEUS
Há apenas um Deus, o Criador, Preservador e Governante de todas as coisas, que possui em si mesmo todas as perfeições e é infinito em todas elas; e a Ele todas as criaturas devem o mais elevado amor, reverência e obediência.

III. A TRINDADE
Deus revela-se a nós como Pai, Filho e Espírito Santo, cada um com atributos pessoais distintos, mas sem divisão de natureza, essência ou ser.

IV. PROVIDÊNCIA
Deus, desde a eternidade, decreta ou permite todas as coisas que acontecem e sustenta, dirige e governa perpetuamente todas as criaturas e todos os eventos; contudo, de modo nenhum é o autor ou aprovador do pecado, nem destrói a livre vontade e a responsabilidade das criaturas inteligentes.

V. ELEIÇÃO
A eleição é a escolha eterna de Deus de algumas pessoas para a vida eterna — não por causa de algum mérito previsto nelas, mas por Sua pura misericórdia em Cristo — em consequência da qual elas são chamadas, justificadas e glorificadas.

VI. A QUEDA DO HOMEM
Deus criou o homem originalmente à Sua imagem e semelhança, livre do pecado; porém, por meio da tentação de Satanás, ele transgrediu o mandamento de Deus e caiu de sua santidade e justiça originais; por isso, a sua posteridade herda uma natureza corrupta e totalmente oposta a Deus e à Sua lei, está sob condenação e, assim que se torna capaz de ação moral, torna-se transgressora.

VII. O MEDIADOR
Jesus Cristo, o Filho unigénito de Deus, é o mediador divinamente designado entre Deus e os homens. Tendo assumido a natureza humana, porém sem pecado, Ele cumpriu perfeitamente a lei, sofreu e morreu na cruz pela salvação dos pecadores. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia e ascendeu ao Pai, à cuja destra vive para sempre, intercedendo por seu povo. Ele é o único Mediador, o Profeta, Sacerdote e Rei da Igreja, e Soberano do Universo.

VIII. REGENERAÇÃO
A regeneração é uma mudança de coração, operada pelo Espírito Santo, que vivifica os mortos em seus delitos e pecados, iluminando as suas mentes espiritual e salvadoramente para compreenderem a Palavra de Deus e renovando toda a sua natureza, para que amem e pratiquem a santidade. É uma obra da graça gratuita e especial de Deus, somente.

IX. ARREPENDIMENTO
O arrependimento é uma graça evangélica, na qual uma pessoa, sendo pelo Espírito Santo tornada consciente da multiforme maldade do seu pecado, humilha-se por ele, com tristeza piedosa, detestando-o e tendo aversão a si mesma, com o propósito e o esforço de andar diante de Deus de modo a agradá-Lo em todas as coisas.

X. FÉ
A fé salvadora é a crença, baseada na autoridade de Deus, em tudo o que é revelado em Sua Palavra a respeito de Cristo; aceitar e repousar somente nEle para justificação e vida eterna. Ela é produzida no coração pelo Espírito Santo, acompanhada por todas as outras graças salvadoras e conduz a uma vida de santidade.

XI. JUSTIFICAÇÃO
A justificação é a graciosa e plena absolvição de Deus dos pecadores que creem em Cristo, de todo o pecado, através da satisfação que Cristo realizou; não por algo operado neles ou feito por eles; mas pela obediência e satisfação de Cristo, recebendo-o e repousando nEle e na Sua justiça pela fé.

XII. SANTIFICAÇÃO
Aqueles que foram regenerados também são santificados pela palavra de Deus e pelo Espírito que neles habita. Essa santificação é progressiva, por meio da provisão da força divina, que todos os santos buscam obter, almejando uma vida celestial em sincera obediência a todos os mandamentos de Cristo.

XIII. A PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Aqueles que Deus aceitou no Amado e santificou pelo Seu Espírito jamais se afastarão total ou definitivamente do estado de graça, mas certamente perseverarão até o fim; e embora possam cair em pecado por negligência e tentação, entristecendo o Espírito, prejudicando as graças e consolações deles, trazendo opróbrio à Igreja e juízos temporais sobre si mesmos, ainda assim serão renovados para o arrependimento e guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação.

XIV. A IGREJA
O Senhor Jesus é o Cabeça da Igreja, que é composta por todos os seus verdadeiros discípulos, e nEle reside todo o poder supremo para o seu governo. De acordo com o Seu mandamento, os cristãos devem associar-se em comunidades ou igrejas particulares; e a cada uma dessas igrejas ele concedeu a autoridade necessária para administrar a ordem, a disciplina e o culto que Ele estabeleceu. Os oficiais regulares de uma Igreja são os bispos ou anciãos, e os diáconos.

XV. BATISMO
O batismo é uma ordenança do Senhor Jesus, obrigatória para todo o crente, na qual ele é imerso em água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como sinal da sua comunhão com a morte e ressurreição de Cristo, da remissão dos pecados e da sua entrega a Deus para viver e andar em novidade de vida. É pré-requisito para a comunhão na igreja e para a participação na Ceia do Senhor.

XVI. A CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor é uma ordenança de Jesus Cristo, a ser administrada com os elementos do pão e do vinho, e a ser observada por suas igrejas até o fim do mundo. Não é, em nenhum sentido, um sacrifício, mas sim um ato para comemorar a Sua morte, confirmar a fé e outras graças dos cristãos, e servir como vínculo, penhor e renovação da sua comunhão com Ele e da sua comunhão na igreja.

XVII. O DIA DO SENHOR
O Dia do Senhor é uma instituição cristã para ser observada regularmente e deve ser dedicado a atos de adoração e devoção espiritual, tanto públicos quanto privados, abstendo-se de ocupações e diversões mundanas, exceto em casos de necessidade e obras de misericórdia.

XVIII. LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Só Deus é Senhor da consciência; e Ele deixou-a livre das doutrinas e dos mandamentos dos homens, que em tudo são contrários à Sua Palavra, ou não estão contidos nela. Sendo os magistrados civis ordenados por Deus, devemos submeter-nos, no Senhor, a todas as coisas lícitas que nos são ordenadas, não só por causa da punição, mas também por causa da consciência.

XIX. A RESSURREIÇÃO
Os corpos dos homens, após a morte, retornam ao pó, mas os seus espíritos retornam imediatamente a Deus: os justos para repousar com Ele; os ímpios, para serem reservados nas trevas para o julgamento. No último dia, os corpos de todos os mortos, justos e injustos, ressuscitarão.

XX. O JULGAMENTO
Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo por meio de Jesus Cristo, quando cada um receberá segundo as suas obras: os ímpios irão para o castigo eterno, e os justos para a vida eterna.

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