Cada cristão pode experimentar comunhão com Deus, constantemente, se aprender a confessar os pecados na sua vida. Viver em comunhão com Jesus Cristo é experimentar uma vida plena e abundante.
Quando recebeu a Jesus Cristo, você estabeleceu um relacionamento pessoal com Ele. Você tornou-se um filho de Deus, recebeu a Sua vida e agora tem o Seu nome: “Cristão”. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João 1:12).
Uma pergunta comum que muitos cristãos fazem é: “O que acontece quando eu peco e faço coisas que desagradam a Deus?” Em outras palavras: “A minha comunhão é quebrada?”, “Jesus sai da minha vida?”
A resposta a esta pergunta pode ser entendida melhor se fizermos uma distinção entre o nosso relacionamento e a nossa comunhão com Deus.
Podemos ilustrar a diferença entre o nosso relacionamento e a nossa comunhão com Deus, usando a relação que existe entre pai e filho numa família. Quando um menino nasce numa família, ele é o filho do seu pai porque tem a vida do seu pai nele, por isso ele usa o nome do seu pai.
Vamos supor que o filho decide deixar a sua casa e fazer muitas coisas que envergonham o seu pai. Ele ainda é filho do seu pai? Sim. O relacionamento entre pai e filho é permanente, e ele existe independentemente do comportamento do filho.
No entanto, o que aconteceria com a comunhão entre eles? Por causa da atitude do filho a comunhão entre eles seria quebrada. O que o filho precisaria fazer para restaurar a comunhão? O filho precisaria de ir ter com o seu pai, admitir que estava errado e pedir perdão. Vamos ligar esta ilustração ao nosso relacionamento com Deus. O nosso relacionamento com Deus nosso Pai, é permanente.
Somos seus filhos e esse relacionamento nunca muda. Mas quando pecamos e fazemos coisas que desagradam a Deus, a nossa comunhão é interrompida. Então, para que a nossa comunhão seja restaurada, precisamos admitir diante d’Ele que erramos e aceitar o Seu perdão.
Vamos ler os seguintes versículos, para compreendermos melhor a diferença entre relacionamento e comunhão com Deus:
1Coríntios 2:14-16
“14 Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”
1Coríntios 3:1-3
“1 E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
2 Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem, tão-pouco, ainda agora podeis,
3 Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais, e não andais segundo os homens?”
Podemos ilustrar a diferença entre o nosso relacionamento e a nossa comunhão com Deus.
O não cristão é descrito em 1Coríntios 2:14 como “Homem natural”. Ele não tem relacionamento com Deus, nem comunhão:
- O “EU” está no centro da vida.
- CRISTO está do lado de fora da vida.
- Ações e atitude controladas pelo “EU”, resultando em discórdias e frustrações.
O
ser humano dirigido por Cristo é descrito em
1ª Coríntios 2:15
como “Homem espiritual”. Ele tem relacionamento e comunhão com
Deus:
- CRISTO está no centro da vida.
- O “EU” cede o lugar para CRISTO, e está fora do centro.
- Ações a atitudes dirigidas por CRISTO, resultando em harmonia com o plano de Deus.
O
cristão dirigido pelo “Eu” é descrito em
1ª Coríntios 3:1
como “Homem carnal”. Ele tem relacionamento com Deus, mas não
tem comunhão:
- CRISTO está dentro da vida, mas fora do centro.
- O “EU” está no centro da vida.
- Ações e atitude controladas pelo “EU”, resultando em discórdias e frustrações.
Enquanto a pessoa natural não tem Cristo na sua vida, Cristo está na vida tanto da pessoa espiritual como da pessoa carnal; ambos são cristãos.
A pessoa natural não tem relacionamento nem comunhão com Deus. A pessoa espiritual tem tanto relacionamento como comunhão com Deus. Mas a pessoa carnal, apesar de ter relacionamento com Deus, não tem comunhão com Ele.
A pessoa carnal pode restaurar a sua comunhão com Deus ao confessar o seu pecado. A confissão envolve três coisas: concordar, agradecer e arrepender-se.
Quando confessamos, concordamos com Deus que aquilo que Ele nos revelou como pecado é pecado. Também agradecemos a Deus porque o preço por aquele pecado foi pago pela morte de Jesus Cristo na cruz. A confissão também envolve arrependimento, que é uma mudança de atitude que resultará numa mudança de ação.
O cristão precisa de entender que quando peca e assume novamente o controlo da sua vida: ele precisa de confessar o seu pecado imediatamente, para que Deus possa restaurá-lo de novo à comunhão.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1João 1:9). De acordo com este versículo, o que devemos fazer com os nossos pecados? Confessá-los. E o que Deus promete fazer? Perdoar-nos e purificar-nos de toda a injustiça.
Leitura Sugerida: Evangelho segundo João, capítulos 4, 5 e 6